sexta-feira, 21 de junho de 2013

O índio na literatura: discutindo a diversidade nas escolas.


É sempre muito bom ter a oportunidade de voltar a uma escola que nos recebe bem. Ainda melhor é chegar à sala de aula e ser reconhecida pela turma com a qual realizei uma oficina ano passado. E com certeza não a preço, não apenas ser reconhecida, mas que os alunos lembrem-se do seu trabalho e fiquem felizes ao revela.










Este ano diferente dos outros anos busquei trazer uma discussão que considero muito importante. Busquei discutir sobre a imagem do índio na literatura infantil. Os objetivos que tracei para esta oficina foram: refletir sobre a imagem e a cultura do índio na literatura infantil e na sociedade; compreender a importância de valorizar a cultura indígena e, reconhecê-los como sujeito construtor de sua história.

Em um primeiro momento busquei desconstruir com eles a imagem que eles traziam do índio, que sinceramente nunca existiu em nosso país e que infelizmente é muito reforçada. Uma questão muito importante discutida com eles foi sobre como independente de onde estamos nossa cultura nos acompanha, isso foi muito importante considerando que a maioria deles vem de diversas partes do país.

Também aproveitei para apresentar algumas curiosidades sobre os índios, por exemplo, no continente americano segundo Fávero (2009) calcula a existência de 1175 línguas indígenas faladas por cerca de cinco milhões e atualmente no Brasil segundo o ultimo IBGE foram reduzidas a 274 idiomas faladas por cerca de 896 mil indígenas . Aproveitei e levei alguns objetos indígena adquirido ano passado durante a Rio+20, e foi muito bom ver que os alunos gostaram de conhecer e manipular objetos como o cocar e o arco e flecha.

Levei para ler em sala de aula um livro construído com um grupo indígena a partir de suas histórias, os Pataxós que hoje se localizam nos estados da Bahia e Minas Gerais. “Meu povo era livre” mostra como era a vida deste grupo antes e depois do contato com os colonizadores. Realizamos uma reflexão em grupo e aproveitei para trazer imagens de índios em situações cotidianas usando o computador, estudando e discutido política.

Dentro da oficina levei o clipe e a letra da musica “Todo Dia Era Dia de Índio” da Baby do Brasil. Assim após varias discussões apresentei a proposta final da minha oficina. Esta turma no ano passado já havia realizado trabalhos maravilhosos e este ano não foi diferente. A ultima parte da oficina consistia em elaborar cartazes em grupos com frases recortes de revistas, jornais ou desenhos falando da importância de se valorizar a cultura indígena. Os alunos apresentaram ótimos cartazes e explicaram como o confeccionaram, apresentando trabalhos excelentes.

Aproveito este espaço para agradecer a escola e a professora pela a oportunidade de realizar mais um ano este trabalho.